Eles já estão entre nós há muito tempo, no controle remoto da TV, no DVD, em painéis luminosos e nos semáforos, mas sua evolução tem apontado novos rumos na iluminação artificial: estamos falando dos LEDs ou traduzindo, Diodos emissores de Luz.
Após décadas de pesquisa com diodos coloridos, a descoberta do diodo de luz branca de alta potência foi o primeiro passo para colocar os LEDs na concorrência com as fontes tradicionais de iluminação. Exemplos da aplicação desses LEDs de alta performance, desenvolvidos pela PHILIPS, podem ser vistos no Sydney Opera House em Sydney, na torre Eiffel em Paris, no Big Ben em Londres e na ponte Otávio Frias de Oliveira em São Paulo.
SUSTENTABILIDADE
Há uma campanha mundial chamada “Ban the Bulb”, que propõe a extinção das lâmpadas incandescentes em todo o planeta e está impulsionando não só as vendas dos LEDs, mas a criação de leis que proíbem a produção dessas lâmpadas após 2010, como na Austrália, em Taiwan e mesmo no Brasil onde já existe a proposta.
Isto aponta de imediato que o uso dos LEDs é uma alternativa sustentável sob o ponto de vista energético, mas seu descarte ainda é fruto de muita discussão já que, embora não utilize mercúrio, sua produção emprega arsênio e fosfato de índio, substâncias altamente tóxicas e danosas para o meio ambiente.
Mas a eficiência energética, a qualidade e a vida útil ainda são fortes apelos explorados pelos fabricantes.
NOVOS HORIZONTES
A versatilidade dos LEDs está levando a indústria a usá-los em situações inusitadas como por exemplo em roupas e móveis, além da já conhecida aplicação pelos dentistas na cura de resinas fotopoliméricas, por dermatologistas na recuperação de problemas de pele e da cromoterapia que se vale da utilização das milhares de possibilidades de cores que proporcionam.
Mas é na aplicação em ambientes residenciais e comerciais, ainda pequena e de efeito decorativo, que a indústria concentra seus esforços para proliferar o conceito.
Um bom exemplo disso aconteceu recentemente em Paris, quando a PHILIPS anunciou a iluminação do primeiro prédio de escritórios do mundo totalmente com soluções LED. O projeto utiliza o efeito de mudança de cor para valorizar as áreas externas sendo que as fachadas de vidro dos dois últimos andares recebem luz colorida, fazendo o prédio parecer um farol na noite e a iluminação da área interna tem por objetivo melhorar o bem-estar das pessoas e diminuir os custos de manutenção.
Já estão disponíveis no mercado, luminárias específicas para LEDs, tanto para iluminação geral, focada ou decorativa, como é o caso da LivingColours que oferece nada menos que 16 milhões de cores permitindo ao usuário criar um ambiente novo a cada dia com um simples toque no controle remoto.
Um outro exemplo da aplicação dessa tecnologia ocorreu no último dia 31 de dezembro, quando a famosa bola de Ano Novo da Times Square, em Nova York (EUA), foi mais brilhante e mais eficiente energeticamente, pois teve seu tamanho dobrado para quase quatro metros de diâmetro e 32.256 LEDs, três vezes mais que em 2007. O aumento no volume proporcionou uma experiência significativamente mais brilhante, mas também mais ecológica, já que os LEDs usados na bola são 20% mais econômicos que em 2007. O que a nova tecnologia deste ano consome em energia por hora é quase equivalente ao consumo de dois fogões convencionais de uso doméstico. As pessoas que estiveram presentes na festa de Ano Novo viram uma bola brilhante e com eficiência energética, que teve 16 milhões de cores vibrantes e efeitos especiais que até então eram impossíveis de se conseguir.
Para finalizar, tanto fabricantes, lojistas, arquitetos, designers de interiores, lighting designers e consumidores finais são unânimes em afirmar que os LEDs são, sem dúvida nenhuma, um novo e irreversível caminho para a iluminação artificial.
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