Uma investigadora britânica desenvolveu um estudo relacionado com as consequências que a dependência de alguns dispositivos cria nos utilizadores. Nada Kakabadse alerta para o facto de aparelhos como os smartphones estarem a «controlar» cada vez mais os utilizadores
Tal como outros vícios, a especialista da Universidade de Northamptom revelou à BBC que em alguns casos este vício acaba mesmo por interferir com a vida profissional das pessoas afectadas.
Num grupo de 360 pessoas avaliadas a investigadora encontrou pessoas que admitiram acordar várias vezes durante a noite para ver se tinham recebido algum e-mail ou SMS.
Reconhecendo que o ser humano se pode tornar viciado em diversas coisas, Nada Kakabadse defende que como «a tecnologia se tornou muito mais interessante nos últimos 10 anos com a Internet», este tipo de situações é cada vez mais comum.
«É [por ser] mais simples e muito mais portátil que é mais acessível», defende, realçando que é surpreendente o número de pessoas que dormem com o PDA à cabeceira da cama.
Além das consequências a nível social, a investigadora alerta para o surgimento de problemas nas relações familiares devido a um consequente afastamento.
A nível profissional Nada Kakabadse refere que numa fase inicial de dependência os viciados em tecnologia são bastante produtivos, mas com o passar do tempo acabam por sofrer consequências mais sérias, como ansiedade «quando não se encontram perto dos seus gadgets».
O que mais preocupa a investigadora é o facto de ser difícil detectar quando alguém fica viciado, «e quando se detecta geralmente é muito tarde».
Uma das soluções passa por não só colocar avisos nos próprios gadgets, mas também pedir às empresas para formarem os seus funcionários em como utilizar este tipo de aparelhos.
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